Miss Plus Size Ceará desabafa sobre preconceito: “Ninguém achava que eu podia ser modelo”

Giulianna Wanderley, de São Gonçalo do Amarante, foi eleita mulher mais bonita com o manequim acima do 44


A beleza, o charme, a elegância, a postura e a simpatia da estudante de Publicidade e Propaganda, de 22 anos, 98 kg, manequim 46 e 1,76 m de altura, garantiram o título de Miss Plus Size Ceará 2016 a Giulianna Wanderley.
A jovem, que começou na carreira de modelo há um ano, entrou no concurso para, além de lutar pelo título de mulher com o manequim acima do 44 mais bonita, batalhar pelo movimento Plus Size, a fim de elevar a autoestima da mulher acima do peso.
Giulianna conta que sempre teve vontade de ser modelo, mas muitas pessoas não acreditavam que ela poderia conseguir, por estar “fora dos padrões de beleza impostos”. Mas duas pessoas sempre confiaram no potencial: sua mãe e sua avó.
“Desde pequena minha mãe e minha avó sempre falaram que eu devia ser modelo, mas como eu sempre fui muito gordinha, ninguém nunca apostou nada, porque naquela época ainda não existia o movimento Plus Size”, lembra.
Há apenas dois anos, as outras pessoas começaram a dar força para Giulianna apostar na carreira de modelo. Mas, no início, foi um desafio. “Não conhecia nenhuma modelo, eu procurava falar com algumas, mas não me respondiam porque nesse meio é complicado, mas eu já tinha batido em algumas portas e tinha ficado sem resposta”, relata.
Então, há um ano, conheceu a dona de uma loja de roupas Plus Size, que a convidou para fazer fotos para as redes sociais. Foi tão bem no trabalho que recebeu a notícia de que faria parte de um catálogo de moda. A partir daí, a Miss Plus Size começou a sua carreira, que é a realização de um sonho antigo.
“Eu decidi começar, porque era o meu sonho desde pequena ser o que sou hoje. Não imaginava que iria ser assim. Nunca tive vontade de ser diferente, de ser modelo slim, porque nunca fui insatisfeita com o meu corpo, e sempre gostei de mim do jeito que eu sou”, revela.
Além de modelo, Giulianna é estudante de Publicidade e Propaganda e acredita que a teoria da faculdade a ajudou a conquistar os sonhos. Um outro desejo, que pode ser realizado em breve, é ter a sua própria marca.
“A publicidade entra na forma como vou fazer meu trabalho, como eu vou divulgar, como eu faço o meu marketing pessoal, como posso me vender. Também me ajuda muito no movimento, porque ficou mais fácil eu manusear e conseguir passar as mensagens para as pessoas de um jeito certo”, esclarece.
Giulianna revela que, com o título de Miss, se sente muito mais responsável pelo movimento Plus Size e reconhece que tem a missão de esclarecer que ser gordo (a) não significa não ser saudável, mas sim, que você se aceita e se sente bem, mesmo não fazendo parte de um padrão imposto pela sociedade.
A modelo cearense acredita que, se for comparar aos tempos passados, houve uma evolução, pois muitas pessoas começaram a aderir ao movimento. Para ela, o concurso Miss Plus Size é um dos motivos para isso ter acontecido. Mesmo assim, ainda acha que precisa haver uma evolução maior. Afinal, o preconceito permanece.
Fonte: Tribuna do Ceará

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