Na decisão da última copa São Paulo de futebol junior, o goleiro do Flamengo, que conquistou o torneio, defendeu duas penalidades na decisão, mas, o jogador mais festejado do time foi o que converteu em gol a quinta penalidade cobrada pelo time carioca.
Do mesmo modo como aconteceu na decisão da copa, situações semelhantes acontecem com certa frequência na política, onde o festejado nem sempre é quem faz o melhor trabalho e, portanto, tem o melhor desempenho.
Na política, assim como no futebol, verdadeiros batalhadores, para não dizer heróis, que decidem enfrentar determinadas oligarquias, contra tudo e contra todos, muitas vezes não têm o seu trabalho devidamente reconhecido.
Oportunistas, que antes serviam a essas oligarquias, procuram ofuscar e desqualificar toda uma luta em prol de um projeto pessoal que, na essência, na passa de uma cópia do que representa as oligarquias das quais saíram, para aproveitar-se de um momento e tentar conquistar o poder a qualquer custo e, assim, manter essa mesma oligarquia no poder.
Foi dessa maneira, por exemplo, que José Sarney, aliado de primeira ordem da ditadura militar, deixou o partido do governo, no ocaso do regime, para, festejado, ingressar na oposição, ganhando como prêmio, "por sua rebeldia", a vaga de vice-presidente na chapa encabeçada por Tancredo Neves.
O desfecho desta história todos nós brasileiros bem sabemos qual foi.
Que comparação pode-se fazer, por exemplo, entre os senadores Pedro Simon e Delcídio do Amaral?
O primeiro, oposicionista histórico do regime militar, deixou a política sem nunca ter o seu nome maculado e jamais ter sido seduzido por propostas oportunistas.
Já o segundo, abandonou o partido que defendia e para o qual serviu, para, de forma oportunista, manter-se no poder e, atualmente, está preso.
Fonte: Blog do Nobre