O problema é que ainda restam oito nomes no alto escalão do peemedebista citados no esquema. Para evitar mais exonerações na equipe devido à Lava Jato, Temer decidiu, na sexta-feira (17), pedir que ministros envolvidos nas investigações deixem os cargos antes que seja necessário demiti-los.
Apenas na planilha da empreiteira Odebrecht com registros de repasses, estão Bruno Araújo (Cidades), Raul Jungman (Defesa), Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário), Mendonça Filho (DEM), José Serra (Relações Exteriores), Ricardo Barros (Saúde). Nas secretarias, estão Geddel Vieira (Secretaria de Governo - citado por atuar em favor da construtora OAS), José Sarney Filho (Meio Ambiente - mencionado pelo ex-presidente da Trasnpetro Sérgio Machado).
Problemas à vista
Além de figurar, entre as possíveis baixas, Geddel Vieira, muito próximo do presidente e articulador do governo, caso todos os oito nomes realmente deixem os cargos, Temer terá problemas para escolha de novos nomes. O fato é que grande parte do Congresso Nacional está na mira da Lava Jato e, dos cotados para demissão, dois são indicações do PSDB.
Bruno Araújo é nome do grupo do senador Aécio Neves, Serra preferiu assumir pessoalmente o ministério. Caso deixem os cargos, haverá mais problemas para a escolha de novos nomes. Enquanto isso, Temer ainda precisa tentar emplacar a sua gestão à frente do País.
Enquanto o impeachment de Dilma seguir em aberto, Temer será refém da chantagem de senadores "indecisos" e da opinião popular. Já ficou claro que medidas impopulares não passarão pelo Congresso em ano de eleição.
Via Ceara News