Quando o silêncio é confissão

 

Mais de duas semanas se foram e Bolsonaro calou-se, junto com seus filhos. Nenhum deles diz que é mentira o que se descobriu sobre a compra de vacinas.

Eles também não desmentem o que disseram os dois irmãos Miranda, e Jair teve o desplante de dizer que, “não tem como saber o que se passa em todos os ministérios”, ou seja, usou o “eu não sabia”.

E admitiu ao calar-se, que há sim, roubo, corrupção, tentativas de desviar recursos públicos, e empenho assinado para comprar vacina que não existe.

Jair Bolsonaro também não pode negar que ligou para o presidente da Índia atrás de apressar a tal Covaxin, que nunca foi aprovada pela Anvisa.

É o mesmo que esnobou a Pfizer, a Astra Zêneca e a Janssen, enquanto atacava a Coronavac, vacina que veio pelo esforço do governador João Dória.

Há provas demais, escancaradas, de que o Ministério da Saúde virou um vale-tudo nas mãos de um bandido de farda como o tal “jenerau” Eduardo Pazuello.

Passava boi, passava boiada, reverendo e cabo PM. O país ficou à mercê de ladrões milicos e de bíblia que mentiam ter acesso a vacinas, com apoio de Jair.

Eles eram recebidos, trafegavam dentro da Saúde, e armavam esquemas para roubar, enquanto do lado de fora morriam aos milhares os amores alheios.

E continuam morrendo, na casa de 1.500 por dia.

Jair Bolsonaro está calado porque não tem como desmentir o que está colocado. Calados também se mantém os apoiadores, mas continuam com ele.

Os fatos escabrosos já descobertos são passíveis de deposição e cadeia para todos os envolvidos.

Quando Fabrício Queiróz foi preso, Bolsonaro agiu do mesmo jeito. Vale lembrar que ele já se mantinha mudo, ou se irritava muito quando perguntavam a respeito das atividades do antigo assessor.

Ao ficar claro que Queiróz operava o roubo e os desvios de dinheiro, Bolsonaro reagiu aparelhando a PF, e só não consumou uma devassa dentro da Receita Federal para investigar como pegaram seu filho Flávio, porque deu demais na vista.

Jair, Flávio, Carlos, Eduardo, nenhum dos quatro tem coragem de vir à público para desmentir tudo o que está posto sobre as vacinas, do mesmo modo como nunca desmentiram o que Queiróz fez.

Curioso é o capanguismo de uma parte do Brasil que, ciente de tudo isso, mantém a devoção, ou seria um caso de cumplicidade com o crime?

Por Claudio Teran, via Facebook 

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